Caos na Previdência Social!

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quarta-feira, 13 de junho de 2007

O caos no INSS e a morte do médico em MG

O caos no INSS e a morte do médico em MG



Sinsprev reúne médicos peritos nesta sexta (1º de junho), às 11 horas, no sindicato (rua Antônio de Godoy, 88 - 2º andar - Centro) e exige contratação de mais médicos e servidores - por concurso público -, fim da "alta programada" e da legislação restritiva de acesso aos benefícios, valorização salarial e profissional do funcionalismo * De nada adianta armar médicos ou criminalizar segurados * O Estado e o governo Lula têm que assumir suas responsabilidades

Neste dia 29 de maio, o médico perito José Rodrigues de Souza foi assassinado dentro da agência do INSS na cidade Patrocínio, em Minas Gerais. O médico foi baleado na cabeça por um ex-funcionário da prefeitura local a quem havia sido negado o pedido de aposentadoria. O autor do disparo estava desempregado, segundo informações divulgadas na imprensa, teve a concessão da aposentadoria negada pelo médico.


Passando por cima da situação de verdadeiro caos vivida no Instituto e numa manobra evidentemente populista, o ministro da Previdência, o ex-sindicalista Luiz Marinho, anunciou que vai mandar "instalar detector de metais em todas as agências, assim como rota de fuga e alarme de emergência".


Não serão medidas como estas que solucionarão a situação hoje enfrentada cotidianamente por servidores e segurados no INSS. Em setembro do ano passado, a também médica perita Maria Cristina Souza Felipe da Silva em Governador Valadares, no mesmo Estado.

A violência no INSS tem crescido como subproduto da política dos sucessivos governos desde Collor. A retirada constante de direitos dos trabalhadores - como o fator previdenciário (que reduz ano a ano o valor das aposentadorias); a política de dificultar o acesso aos benefícios com exigências sobre exigências e constantes mudanças na legislação; e a "alta programada" (que força os médicos peritos e servidores do INSS a negarem benefícios a trabalhadores adoecidos e os obriga a voltar ao trabalho sem condições para tal) são apenas algumas das verdadeiras causas do caos instalado no INSS. Somadas à falta de funcionários para atender à demanda e de estrutura para o funcionamento das agências.

Agora, o governo Lula quer fazer uma nova "reforma" previdenciária para desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo, impor o critério de idade mínima para os trabalhadores do setor privado e reduzir os valores das pensões. Enquanto isso, criminaliza os usuários, pretende armar os médicos e mantém os servidores em condições de absoluto abandono para dar conta do atendimento.

Para o funcionalismo, reserva uma política salarial produtivista para rebaixar salários (que são ainda mais prejudicados pela "alta programada", que condiciona o pagamento das gratificações ao tempo que o segurado espera para realizar a perícia). Ao invés de contratar mais servidores e médicos por meio de concurso público, o governo novamente tenta impor medidas paliativas que em nada solucionarão o problema.


Já passou da hora apurar as verdadeiras causas da situação vivida no INSS, responsabilizar e punir os verdadeiros culpados e garantir condições dignas de trabalho e atendimento à população. Basta!


FONTE: SINSPREV 31/05/2007 17:55:34

http://www.sinsprev.org.br/index.php?EDITORIA=6921